Computação Forense

PF prende oito criminosos do Orkut


Todos os oito presos - três em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, um em Pernambuco, Mato Grosso e Espírito Santo - foram detidos em flagrante. O Ministério Público Federal de São Paulo, que participou da operação, confirmou outras duas prisões, que não haviam sido contabilizadas pela PF.

Embora não tenha especificado por quais crimes essas pessoas foram detidas, a Polícia Federal disse que, caso fosse encontrado material de pornografia infantil durante as buscas, o responsável seria detido em flagrante. A medida foi possível porque o Congresso aprovou em março de 2008 uma legislação que criminaliza a posse de pornografia infantil.

"Essa operação é um marco, é um diferencial. É a primeira que o Brasil realiza contra a pornografia infantil num site de relacionamento social", disse a jornalistas o delegado Carlos Eduardo Sobral.

"É a primeira de uma série que se seguirá até que os criminosos tenham a total certeza e a consciência de que, se publicar e se armazenar material de pornografia infantil no Brasil, nós iremos identificar e a Justiça brasileira irá responsabilizar esses criminosos", acrescentou o delegado, que classificou de "muito grande" o problema da pornografia infantil no Brasil.

"A situação é muito grave. O Brasil é um dos principais países consumidores de pornografia infantil, está entre os quatro maiores países consumidores de pornografia infantil do mundo."

Essa também é a primeira operação contra a pornografia infantil realizada desde a celebração, em julho de 2008, de um acordo entre o Google e o MPF, pelo qual a gigante da Internet se comprometia a colaborar nas investigações sobre a distribuição de material pornográfico infantil via Orkut.

Com base nesse acordo, foram filtradas cerca de 3.500 denúncias relacionadas à pornografia infantil no site.

Segundo a Polícia Federal, a operação é uma das ações que marcam o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A organização não-governamental Safernet e a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investigou a pedofilia também colaboraram na operação.