Não queremos te desanimar, pois nenhum desses erros é, digamos, fatal. Mas vale a pena estar atento para não passar por essa dores de cabeça. Então, sem mais delongas, respeitável público: cinco coisas que você deve evitar ao migrar para o Linux.
1. Linux não é Windows
O ser humano é dominado por hábitos. Passados anos na frente de estações de trabalho munidas a Windows ou a Mac, é natural que espere um ambiente semelhante.
Várias características que faziam do Windows e do Mac OS sistemas descomplicados de usar foram incorporados ao Ubuntu e a outras distribuições Linux recentes. Isso faz do sistema algo que, visualmente, é bastante parecido. Analisando a questão sob um prisma pragmático, é necessário alertar que a versão 10.10 do Ubuntu (codinome Maverick Meerkat) não vem enlatada e pronta para usar, como acontece com o Windows.
Não queremos dizer que usar o Ubuntu seja mais complicado que manipular o sistema da Microsoft. Linux, definitivamente, não é mais difícil que os outros SOs, apesar das diferenças. Pode ser que leve algum tempo até você se acostumar com o jeito da plataforma funcionar. Não desanime. Tudo requer aprendizado, e as vantagens ultrapassam de longe os incômodos iniciais.
2. Rodar o sistema em modo root sem necessidade
Uma das grandes diferenças entre os sistemas Linux e o Windows é o fato de os usuários do primeiro, por padrão, não terem todos os direitos sobre o software. Quando o assunto é segurança, isso faz a maior diferença. Esteja consciente de que não há necessidade de usar o Linux em modo administrador cada vez que realiza o login.
Isto posto, não há qualquer motivo para temer o modo root. Para realizar determinadas tarefas ele é necessário, e por bons motivos. Mas não abuse.
3. Usar o Google para encontrar softwares
Se você vem da plataforma Windows, deve estar acostumado a procurar por aplicativos e, se necessário for, pagar o que custam. Mas, uma das belezas do sistema do Pinguim está no fato desse processo ser menos complicado e não envolver o escrutínio de diretórios da web na busca por softwares. Sem mencionar que geralmente as soluções têm custo igual a zero.
Quase todas as distribuições Linux têm um gestor de aplicativos. Invista um pouco de tempo se informando como esse recurso funciona. No caso do Ubuntu,
ele é chamado de Ubuntu Software Center. Com base nesse gerente de pacotes, você poderá encontrar praticamente qualquer software de que necessite.
4. Não tema o shell
Sem dúvida os sistemas operacionais se afastaram da linha de comando (aquela tela preta com um prompt). Mas, no caso do Ubuntu 10.10, ele se faz necessário para uma variedade de tarefas.
Não tema esse ambiente. A diferença entre digitar alguns comandos básicos nessa interface não difere muito do "clicar / arrastar / soltar" com o mouse. Isso, sem mencionar que rodar processos na linha de comando pode ser mais eficiente e mais rápido que a interface gráfica. Ninguém está pedindo que decore as centenas de comandos passíveis de disparar uma rotina, mas quando isso for requerido, vá com fé.
5. Desistir logo no começo
Toda mudança é difícil, e o fato do novo sistema ser mais fácil não ameniza o choque da migração entre plataformas. Lembre-se que você não nasceu sabendo administrar o Windows nem o Mac OS. Por que dominaria o Linux assim, logo de saída?
O Linux pode parecer muito diferente do que você estava acostumado, mas isso não faz dele o vilão ou um ladrão de sono. Não desista. Em pouco tempo você nem vai mais notar a diferença entre os sistemas XP, Linux, Win 7, Mac OS etc. Logo você vai perceber que o modo do Linux realizar as tarefas faz mais sentido. E, quando menos esperar, não irá se recordar da época em que vivia sem ele.
Fonte: IDG NOW!